sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Nova tecnologia de gravação e leitura de dados, Geek

08/10/2007 05:10

Cientistas alemães e americanos anunciaram uma nova tecnologia de gravação e leitura de dados mais eficiente e precisa do que as tradicionais.
As fabricantes de discos rígidos encontraram um obstáculo no aumento da capacidade de armazenamento de seus produtos, que é a impossibilidade de localizar apenas o espaço onde determinado dado precisa ser escrito, pois o local onde a mudança ocorrerá também reescreve seus adjacentes.
A solução proposta foi o uso do chamado "microscópio de corrente de tunelamento", um dispositivo inventado em 1981 e que utiliza uma agulha microscópica na qual se aplica uma corrente elétrica, conforme pode ser lido na Wikipédia.
Este dispositivo é capaz de mudar a polorização magnética de "nanoilhas" atômicas, ocupando apenas 1/600 da área de bits magnéticos de um disco rígido tradicional. Todavia, o novo método é apenas um protótipo, gravando dados apenas temporariamente e exigindo que as tais nanoilhas sejam resfriadas com temperaturas inferiores às de nitrogênio líquido (-196 graus C).
O tamanho dos bits não é a única vantagem da técnica: atualmente são utilizados dois circuitos independentes para leitura e escrita dos dados, algo que o grupo de pesquisas conseguiu mudar, usando apenas uma ponta do microscópio para ambos os fins.
Através do tunelamento, os elétrons podem transferir nanômetros da ponta móvel do microscópio até as nanoilhas. De uma distância maior, os dados só podem ser lidos, mas não modificados, noticiou o site Spectrum Online.
O experimento, contudo, ainda não está nem perto de ser economicamente viável. Luis Berbil-Bautista, um dos pesquisadores da UC Berkeley, envolvido no projeto, explica que as nanoilhas não são bits reais, já que não são estáveis. Estabilizá-los será a próxima etapa da pesquisa.
"Agora mostramos que podemos mudar termicamente ilhas ativas, mas é muito importante mostrar que também podemos trocar ilhas estáveis", atestou Stefan Krause, pesquisador líder do projeto e professor da Universidade de Hamburgo, na Alemanha, enfatizando que uma aplicação prática para o evento será possível apenas em um futuro distante.

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